Mestre Pai Neto Tranca Rua e Pai Giuliano Freitas Participam de Leitura da Minuta do Edital de Mapeamento dos Povos e Comunidades Tradicionais de Fortaleza.
Foto: Falamais |
Na tarde de hoje, o Theatro São José foi palco de uma importante reunião promovida pela Secretaria de Cultura de Fortaleza (Secultfor) para a leitura da minuta do Edital de Mapeamento dos Povos e Comunidades Tradicionais de Fortaleza. A reunião contou com a presença de importantes lideranças do povo de terreiro, incluindo Mestre Pai Neto Tranca Rua, do Centro Espírita de Umbanda São Miguel, e Pai Giuliano Freitas, ambos representantes de suas comunidades e defensores do reconhecimento e valorização das práticas e tradições culturais afro-brasileiras.
O edital, que já surge como resultado de demandas anteriores do povo de terreiro em diálogos com o poder público, visa mapear e dar visibilidade às diversas expressões culturais e religiosas dos povos e comunidades tradicionais de Fortaleza. Durante a reunião, foi enfatizada a importância de um mapeamento inclusivo e representativo, que contemple a pluralidade das práticas culturais, religiosas e de resistência que configuram a identidade de Fortaleza.
Mestre Pai Neto Tranca Rua, reconhecido como Mestre da Cultura do Estado do Ceará e Doutor em Notório Saber pela Universidade Estadual do Ceará (UECE), destacou a importância deste momento histórico para o povo de terreiro e reforçou a necessidade de que o mapeamento seja uma ferramenta efetiva de valorização, reconhecimento e proteção das culturas de matriz africana e das religiões afro-brasileiras. Pai Giuliano Freitas também ressaltou a relevância do edital, que é fruto de uma luta contínua das comunidades tradicionais por visibilidade e respeito.
Este encontro reafirma a urgência de políticas públicas que reconheçam e valorizem as contribuições culturais, sociais e religiosas dos povos tradicionais de Fortaleza. A expectativa é que o edital, ao ser finalizado, reflita as demandas e especificidades das comunidades, garantindo o protagonismo das próprias vozes que há anos lutam por reconhecimento e respeito.